Sexta-feira, 4 de Março de 2011

Posso dizer que tenho a capacidade de ser a pessoa mais estúpida à face da terra, que amuo, amuo mesmo, que viro as costas, literalmente, mas também posso afirmar que tenho um motivo, um simples motivo.
Hoje, estive melancólica. Hoje, ri-me, ri-me em grande. Hoje, tive lágrimas que só não caíram pela minha cara, porque eu lutei para as guardar nos olhos. Hoje, senti uma felicidade instantânea... a hipotética felicidade de quando se compra algo novo, algo que ironicamente penso, no momento, que vai trazer-me alegria, que me vai fazer esquecer a indiferença ou, melhor, a prepotência. Chego, mesmo, a quebrar todos os limites que estabeleço, quebro-os de forma tão hábil que me cego, deixo de ver e fazer o que tenho de fazer, o que devo ou que quero sentir.
Por momentos, pensei em juntar este dia aos dos piores da minha vida ou, mais especificamente, à listinha imaginária das piores manhãs em que, certamente, preferia ter continuado a dormir. Mas fora as fatídicas classificações de dias que, na verdade, não servem para nada, agora... neste preciso momento, já não estou triste, já não amuo, já não viro as costas. Acho que sou daquele tipo de pessoas que vive a vida em momentos, aliás, sou uma pessoa em cada momento, às vezes nem me conheço a mim própria. No entanto, seja quem for eu, incluindo as variações abruptas e, basicamente, estúpidas, acho que tenho de aceitar isso mesmo já que tenho de lidar comigo todos os dias.

À parte: Hoje é um daqueles dias em que estou fatídica e que tento fazer uma reflexão que me leve a uma solução mas, logicamente, ando às voltas e não me parece que a descubra brevemente.